Piratininga, 19 de junho de 2010.
FILOSOFESTA
Este foi o título com o qual nos depararamos à porta da festa. Foi um bom prenúncio de nossa reunião. De fato não me decepcionei. A festa foi ótima. Teve boa música, boa comida, pessoas super legais, agradáveis e criativas.
Farei um breve relato, mas me perdoem por não lembrar de todos os detalhes, pois não enxergo bem, não escuto bem e tenho péssima memória (é a idade), por isso, não fiquem chateados aqueles de cujos nomes não lembro e da sequência exata dos acontecimentos.
Atrações:
1. Quero em primeiro lugar agradecer a gentileza e delicadeza da anfitriã em nos ceder sua casa super aconchegante e primorosamente preparada para nos receber.
2. Os bebes: cerveja, refrigerante, um tal de refrigerante batizado (cá entre nós, eu não sabia o que era isso, levei um tempinho para descobrir. Não espalhem, pois parecerá que sou idiota) e vinhos (deliciosos por sinal, nem preciso dizer que fiquei alegrinha [com muita compostura viu]). Os comes: caldo verde, cachorro quente, caldo de feijão, biscoitinhos, torta salgada (falo apenas o que eu comi). Tudo estava muito gostoso. Durante os comes e bebes, a esposa do Henrique nos falou sobre a educação no Brasil sob o Regime da Ditadura, principalmente sobre a Filosofia que foi banida durante este período.
3. Depois dos comes e bebes. André e Henrique nos informaram a respeito de algumas novidades do nosso Curso, tais como a aprovação do Programa de Tutoria e a abertura de uma disciplina de Grego oferecida pelo departamento de Filosofia em que o enfoque não está voltado apenas para a gramática. André também notificou que ele e Kelly estão representando a Revista Cult e a Revista Princípios, portanto, quem se interessar pelas revistas, dirijam-se a eles.
4. O Nelson leu um conto de sua autoria. O conto ainda não tem um título. O enredo diz respeito a decisão do MP de fechar uma casa de prostituição. O conto tem uma sutil comicidade e, por outro lado, expõe questões sociais que, desde sempre, estão presentes em diversas sociedades.
5. Logo a seguir tivemos Viviane interpretando uma poesia de Hilda Hilst, Carlos Drummond de Andrade e de nossa colega Cláudia. Um primor de apresentação.
6. Em seguida tivemos a honra de ouvir nosso colega da Rural (me perdoe por não lembrar seu nome), mas lembro-me perfeitamente de sua voz maravilhosa, parece um locutor (ótimo candidato a orador da turma). Leu textos de Oscar Wilde que falavam sobre liberdade, um direito individual, que, aliás, foi negado ao escritor por um determinado tempo, porque escolheu viver da forma que achava melhor.
7. Ápice da festa, a banda da Drica fez um ensaio aberto só para nós, filósofos. Tivemos o prazer de ouvir músicas composta por eles e, em especial, “amar” um poema de Florbela Espanca (de quem sou fã) musicado por eles (um luxo).
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!
Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Florbela Espanca
ADOREI. Pausa para a banda.
8. Mas a festa continuou. Daqui em diante já não me lembro cronologicamente dos fatos (o vinho já estava fazendo efeito). O André leu um texto da revista Princípios sobre literatura (Chico Buaque, Machado de Assis e um outro que em decorrência de eu ter bebido muito da “água do esquecimento”, não consigo me lembrar). Depois, entraram em cena Nelson no violão cantando uma composição própria e depois nosso colega Cláudio Medeiros deu uma palinha para nós. Choquei com a multiplicidade de ambos (escritores, filósofos e cantores). Pelo menos são essas as facetas que conheço deles. Ah! Não sei qual foi a ordem se antes ou depois de cantar o Cláudio também leu um conto dele. A culpa é do vinho Cláudio, mas não me lembro muito bem, acho que falava a respeito da saudade de uma mulher (se não for isso, me perdoe). Eis que aqui termino meu relato porque às 2:00 da manhã fui para meu cafofo em São Gongolo.
O QUE FALTOU: a presença de todos os nossos colegas da primeira, segunda e terceira turma.
1. Denise, senti sua falta. Logo você que é a fotógrafa da turma. Ficaremos sem essas fotos para nosso futuro álbum de formatura.
2. Já que não temos fotos Levi, será que você não se habilitaria a fazer um desenho animado imaginando toda nossa turma nesse evento?
3. Cadê nossos colegas: Alan, Antonio, Lenita, Roberto, Ricardo, Fernanda Novarino, Fernanda Cristina, Elza, Naiara, Rafaga, Luciene, Ana Catarina, Sônia e todos os outros que não foram. Senti a falta de todos.
Abraços,
Maria
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