Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Doxa Cinéfila

O Leitor

Duas palavras me vêem a mente neste filme: vergonha e omissão. Esses dois sentimentos identificam um pathos do povo alemão. Embora a nova geração já não o sinta tanto quanto as gerações anteriores que foram partícipes direta ou indiretamente de evento tão chocante quanto foi o holocausto.

Vergonha e omissão da personagem Hannah em não se declarar analfabeta, e assumir toda a culpa pelo assassinato de 300 pessoas, minimizando assim, a culpa das outras 5 acusadas. Ela não sente vergonha pelas mortes. Ela se sente inferiorizada por não saber ler nem escrever, preferindo a prisão perpétua a ter que se expor a tamanha "humilhação".

Charlie, por sua vez, se envergonha por ter sido considerado fraco, segundo a revelação da sobrevivente durante o julgamento de Hannah. A vítima diz que o critério que a guarda utilizava para escolher as 10 vítimas para serem levadas à morte, era por serem as mais fracas, em seguida, as obrigava a ler para ela. 

No relacionamento amoroso entre a ré e o aluno de Direito, não há companheirismo. Hannah aproveita-se da ingenuidade do “menino”, induzindo-o a fazer o que ela quer em troca de favores sexuais. No entanto, esse relacionamento aprisionou Charlie a ela, fazendo com que ele não se entregasse inteiramente a outra pessoa. Os personagens são dúbios, se por um lado revelam-se fracos, em outro momento são fortes, alternando uma dependência mútua.

Uma outra questão é o Direito. Como algo que proclama justiça, tem suas bases fora do humano. Detendo-se apenas no que prescreve o livro das “Leis” e nada mais.
Simplesmente Complicado

Não classificaria propriamente como comédia. É um filme que revela o lado entorpecedor do divórcio. Nada há de cômico em brincar com sonhos de uma vida em comum desfeita. O que se pode dizer no máximo sobre esse filme é que ele sirva de “auto-ajuda” àquelas que ainda sonham em recuperar algo de um relacionamento que obviamente não pode ser remendado.
O Fim da Escuridão

Muito interessante a abordagem do filme. Uma trama que se desenrola apartir de uma conspiração dos EUA em atacar outros países com armas fabricadas com matéria-prima de outros países para incriminá-los. Talvez tenha sido inspirado no “11 de setembro” que também foi aludida a idéia de que o próprio EUA tenha derrubado as torres gêmeas.

Expor as teias políticas que promovem corrupção em todos os âmbitos institucionais. É tão plausível e análoga às questões atuais, que chega a ser assustador encontrar na realidade, verossimilhança na ficção.
Percy Jackson e o Ladrão de Raios
Um filme razoável para quem não conhece a mitologia grega. Como uma personagem é colocada como autor das batalhas entre a hidra, a medusa que são feitos do semideus Hércules. O encantamento aludido no filme é uma clara alusão à obra “Odisséia”.Achei a temática e seus efeitos especiais um tanto quanto repetitivos e sem nenhum espanto.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A matemática dos relacionamentos

Por que é tão duro admitir para o outro que não o amamos mais, ou melhor, que há muito não o amamos. É simplesmente a inversão do papel de vítima para criminoso. A ordem dos fatores altera o produto. Não me sinto a vontade nesse papel.

Acho que é pior do que descobrir não ser amada pelo outro.

Que impasse!