Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

sábado, 30 de maio de 2009

Violência contra as crianças

Quem pode atirar a primeira pedra?

O texto que segue é do jornalista Alexandre Garcia e mostra muito bem as nossas falhas como adultos. Será que as crianças tomarão para si a responsabilidade de se defenderem porque somos incompetentes e relapsos com nossas obrigações. Há pessoas que dizem que contos de fadas são bobagens, entretanto, em muitos deles as crianças agem como se fossem adultas e conscientes de seus deveres e responsabilidades. É uma boa escola já que não somos capazes de protegê-la e muito menos educá-las.

23/04/2008 - Alexandre Garcia: Somente pela educação é que poderemos acabar com o mal que mata as nossas crianças.

Que país é esse?

A violência contra crianças está em todas as partes do Brasil, dentro das casas, onde não chega a proteção essencial do Estado. Os números assustam.

Estamos tratando de violência contra seres indefesos, por parte de adultos que deveriam protegê-los. Talvez praticada por quem já foi contaminado por uma cultura de resolver pela força e violência, e não pela razão e o direito.

O que mais impressiona, por números do ministério da Saúde, é que a casa seja o mais freqüente lugar de violência contra a criança. E não são apenas as vítimas de assassinatos, muitas vezes antecedidos de violência sexual, mas também aquelas crianças que são mortas logo ao nascer, porque indesejadas; as que morrem de subnutrição; as que morrem porque não têm assistência médica; as que morrem porque os adultos não preveniram a dengue; as que morrem porque os pais deixaram o veneno à mão, ou a panela fervente ao alcance; ou a água que afoga; ou foram deixadas no banco de trás do automóvel sem cinto, com os pais protegidos à frente.

Que país é este, que trata assim suas crianças? E vem a lembrança da denúncia de Castro Alves, no seu Navio Negreiro: "existe um povo que a bandeira empresta/ pra cobrir tanta infâmia e covardia".

O poeta pergunta: "mas que bandeira é esta?" E descobre que é o nosso auriverde pendão. E lamenta: "antes te tivessem roto na batalha/ que servires a um povo de mortalha". Como resgatar a bandeira da mortalha?

Prioridade absoluta na educação, em casa e na escola. Adultos mal-formados e mal-informados não conseguem formar as gerações seguintes e o mal se amplia, porque não são apenas o ódio, a raiva e a maldade que matam, mas também o amor que não funciona se não cuida, se não protege, se não educa.

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