Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

domingo, 30 de setembro de 2012

Nos Embalos do Identidade Cultural e do Movimento Culturista

Bem, parece que esse evento se tornará parte de meus movimentos sociáveis. Vou dizer o porquê, Senhoras e Senhores! 


Foi a segunda vez que participei do Evento Identidade Cultural e Movimento Culturista, que me foi apresentado pelo amigo, Carlos Brunno, do Sarau Solidões Coletivas. Acreditem! Nunca vi uma concentração tão alta de arte por metro quadrado, como foi ontem no Bistrô Café do Bom, Cachaça da Boa. Foi uma especulação artística mais do que rentável, foi espetacular. Querem saber como se enriquece até a alma das 11:30 às 17:00? Apareçam por lá no próximo evento e verão com seus próprios olhos e sentirão com suas próprias almas.

Eu deveria me preocupar em falar sobre esse evento (pois merece mais do que aplausos, merece todo o cuidado que um jardim requer), mas não vou, pois minha finalidade nesse blog é dizer o que sinto sobre isso ou aquilo. Meu relato será sobre o prazer que senti em ter assistido a apresentação de tanta gente boa, que estou ainda nas nuvens e não sei bem ao certo por onde vou começar (talvez pelo começo, que acham rsrs hummm). Então vou inspirar profundamente e expirar  ......... pairo sobre mim mesma e elevo o pé direito para baixar na terra ..... inspiro mais profundamente e expiro..... baixo o pé esquerdo..... inspiro e expiro mais uma vez e vamos lá.

Raramente acordo mal humorada (atualmente). Quando tenho um compromisso que desejo que dê tudo certo, faço meus rituais para trazer bons fluidos. Tipo ouvir minhas músicas prediletas às 7:00 da manhã (não me perguntem sobre meus vizinhos, mas isso não é tão frequente - terão de me aturar, eu também os aturo). Dependendo do horário, já começo a fazer aquela faxina na cara (dá um trabalho dos diabos ficar um pouqinho apresentável) e depois parto sem demora, mesmo estando atrasada. Foi o que aconteceu ontem. Cheguei as 13:00 e já não tinha mais mesa. Janaína, a fada das criaturas desengonçadas (euzinha), me apresentou a uma amiga e perguntou se eu podia ficar na mesa dela. Erica me adotou e quando dois amigos (Carlos Brunno e a namorada Juliana) chegaram eu perguntei se eles podiam sentar junto conosco e ela gentilmente permitiu. Então cometi uma gafe horrível. Acredita que eu, na hora de apresentá-la troquei o nome, disse que era Rita (Não se preocupem, pouco tempo depois cometi o mesmo erro - isso é muito comum em mim. Tenho uma memória desastrosa).

Vejam nem tudo eu consigo lembrar. Mas anotei algumas frases ou versos dos artistas que se apresentaram. Perdoem-me aqueles que não menciono. Lembro-me da apresentação, mas não de todos os nomes e para não cometer gafes, mais do que já cometi ontem, prefiro me calar.

Como cheguei atrasada, o Márcio Bragança já estava cantando e protestando contra algumas atitudes políticas de alguns ídolos da música nacional (estou tentando lembrar exatamente o que era, mas não consegui ainda). O Rode com seu e nosso "subúrbio" e a "(...) reunião das minhas [e nossas] últimas ignorâncias".

Agora falo sobre uma poeta muito, mas muito especial. Paloma Aiane, uma adolescente talentosíssima. Mas não falo de talento por generosidade ou por querer ser simpática. Falo de uma artista de primeira categoria. Talvez num futuro ela opte por não ser poeta. Mas digo que se ela quiser, hoje, for incentivada e tiver oportunidade,  não tenho dúvidas que atingirá o topo. Eis como ela começou sua apresentação: "Não faço poesia, escrevo usando a linguagem poética". Isso é só pra se ter noção da força dessa garota. A poesia "Tempo de Renovação" é uma crítica política impressionante para uma menina de 16 anos. Outra poesia foi "Quero cuidar de você". Esse poema foi cantado. Separei um ínfimo fragmento que ela escolheu, da Hilda Hilst para nos brindar "A vida é crua ... líquida"  A apresentação de Paloma não se restringe apenas a leitura, mas a uma performance primorosa de canto e gestuais. Isso sem contar com a voz que me encantou com sua suavidade e afinação. A apresentação dessa jovem, nos remete as antigas perfomances dos Aedos em que versos, voz e corpo convergiam para que a poesia se fizesse presente de modo indelével na alma dos espectadores. Foi isso que aconteceu ontem, que até chorei de tanta emoção. Uma coisa é ler sobre esse fenômeno nos livros e outra é vivenciá-lo. Foi incrível!


Estão pensando que parou por aqui, ledo engano, meus caros amigos. Cada indivíduo, a seu modo, contribuiu com o melhor de si. Sem mesquihez e sem avareza. A atração seguinte foi um outro capítulo digno de nota. Mel, sua voz assim como o nome é doce e energética. Seus cabelos brancos apenas indicam que idade não existe. Que é meramente um modo de contar o tempo cronologicamente, nada mais que isso. Ah! Detalhe, tudo de imporviso. Imagina se fosse previamente combinado. Ela ainda participou mais 2 vezes. Depois dessa mulher, tivemos a presença de Wellington (acho que é assim que se escreve) que afirma "Não sou eu que faço poesia, é ela que me faz" e um excerto de sua poesia fala de um baú em que guardamos coisas velhas para um último adeus e lá encontraremos um "saquinho de lágrimas". Diz, isso não é o máximo! Lembrei do Bispo do Rosário com sua coleção de coisas para mostrar a Deus quando o encontrasse. Um outro verso que gostei muito foi o de Zélia Balbina, que veio de Maricá (assim como a Mel) só para nos presentear com "(...) a pele goteja calor".

Um outro capítulo (acho que posso fazer temporadas) foi a performance contagiante dos Urbanos em Causa. É impolgante, elétrico. Uma crítica aos desmandos e caos urbanos para lá de bão genten! Usa algumas tecnologias para nos colocar simultaneamente em contato com a música, imagens e poesia. Olhem a seleção de versos que escolhi: "O colarinho do chopp escorria em franjas (agora deu uma vontade imensa de beber esse colarinho rsrs) .... Quem me salvará? A P O E S I A", "(...) A sociedade intoxicada de verdades" e finalmente "tá tudo pacificado, tá tudo pacificado". O que mais posso dizer da apresentação de Sergio Gerônimo Delgado e Mozart Carvalho, senão, que é um trabalho de sangue suor e poesia urbana. Em seguida vimos o artista plástico e poeta Peu Freitas que expos suas máscaras sociais.

Agora vem os Dois Carlos, o Orfeu e Brunno. Orfeu nos revela que traz versos que estão "resistindo ao cimento do tempo", "úmidos com versos de areias", "estrangeiros estradas de si" e "lhe amando como o lobo ama a lua". Não é de babar? Logo depois veio a dupla Carlos Brunno e Orfeu interpretando "Uma longa viagem de Jim". Pirou meu cabeção com esses versos "Inspiração nua, acenda a luz e me diga: sou sua! / faça-me uivar com meus infinitos lobos despertos no peito / O verso não está preso / Olhos fechados que enxergam o fim das ilusões / o corpo da garota de Ipanema, numa louca dança, numa dócil orgia / e seu corpo é feito de versos loucos / a inspiração de pernas abertas ...". O poema é tão cadenciado em figuras poéticas que nos poe em estado alucinógeno. Orfeu e Brunno fazem amor com nossas almas por meio de seus versos sincopados.

Outra atração musical foi Hélio Sória que cantou e nos deu uma amostra de seu próximo trabalho intitulado "Eu não sei dizer adeus". Depois Regina Tchelly nos falou sobre seu projeto Favela Orgânica e seu risoto de casca de melancia que é um viagra natural, segundo suas palavras. Também a Juliana e Djan falaram sobre o projeto do blog para novos escritores. Logo depois foi a vez de Cristina Lebre e seus Olhos de Lince em que encontramos o poema "Orgasmo" que contém versos como "a sala é o infinito / nós, os filhos do primeiro orgasmo". Muito bela essa concepção quase teologal. Em seguida, Afrânio que falou dos lábios de sua amada, Cristina, e das "línguas que não se cabiam em si" e da arte de ser Jardineiro. Bem Cristina, eis aí o seu Jardineiro Fiel rsrsr. A Ana Anita que falou de seu blog e, se não me engano, de um projeto sobre a história de Niterói (fiquei curiosa e querendo que ela fizesse o mesmo por São Gonçalo. Ô cidadezinha abandonada pelo Sistema governamental.

Agora falo sobre o mais fabuloso desse dia: o convidado especial e  centenário ou quase centenário (99 anos), Bob Lester, integrante da Banda Bando da Lua, que acompanhava Carmem Miranda. Antenadíssimo, foi o primeiro a nos falar sobre a morte da apresentadora Hebe Camargo e lhe dedicar uma música. A vitalidade desse homem é indecente, meu Deus! Ele dança com castanholas, tem uma voz limpíssima. Provavelmente devem tê-lo amamentado com a famosa casca de melancia, só pode. É uma possível explicação para tanto vigor. E mais, é um grande fã da Claudia Raia. Pessoal, por que não fazemos uma campanha para a Claudia Raia aparecer lá e dar-lhe um abraço. Acho que seria um ótimo presente para este homem de UM SÉCULO de pura poesia e meninice. Só quem o viu atuar entenderá, que quando digo que a arte eterniza e atemporaliza qualquer criatura quer no corpo quer na mente. Carlos Brunno fez uma poesia especialmente para ele em que diz "deuses não precisam de registros". De fato, deuses apenas são.

A rapper Mabu arrasou com seus versos críticos afirmando que "o que me derrubou não me deixou no chão / o futuro do Brasil está craqueando por aí" Existe verdade mais patente do que essa em nosso país? Duvido! Aproveitando ainda a Mel, Dudu, o filho do zé, cantou sua poesia "Cordel-funk do índio". Nela, ele narra a história de um índio que veio da floresta para o Rio de Janeiro e lá encontra costumes esquisitos "tinham roupa por cima e ainda tinha roupa por baixo / encapam o piru com plástico quando estão namorando / tem muito espaço livre mas nenhum pode morar / ta viciada, ta muito viciada essa sociedade da troca imediata". 

O microfone aberto é um momento super especial. Janaína tem razão. A arte quer sair e quando encontra pessoas como essa poeta, mãe e mecenas, não tem correntes que a aprisionem. Faz-se até fila para que ela possa transbordar por meio de muitas vozes dos adeptos que a escolheram ou foram possuídos por ela. Janaína, não sou jornalista, encontrei no ato da escritura desse blog, um modo de respirar para viver e tentar organizar meus pensamentos e me conhecer um pouco mais (até bem pouco tempo atrás, eu nem sabia que existia para mim mesma).

Eu iria terminar meu relato por aqui. Mas qual não foi minha surpresa ao sair do Bistrô. A arte é algo que fica impregnado na gente. Ela atrai arte. Sua natureza faz com que ela se esparrame e atraia tudo que tem sua essência. A poucos metros do Bistrô, em frente ao Palácio Tiradentes, encontrei um gurpo que protestava contra a poluição política visual e sonora. Os cartazes de propaganda política serviam de tela para pintores (uma ótima finalidade, diga-se de passagem). Conversei com alguns ativistas e segui o meu caminho em direção as Barcas. Porém, antes de chegar a meu destino, me deparo com os pilares do viaduto da praça XV sendo pintados por artistas, foi como Wagner se denominou. Perguntei-lhe se era grafiteiro e ele disse que não. Pois o grafiteiro não tem permissão para fazer o que ele estava fazendo com permissão da Prefeitura. Aceitei sua concepção. Afinal de contas, ele é quem mete a mão na massa. Eu so sou uma abelhuda. Uma voyeur das manifestações artísticas. Enfim, a obra do rapaz é instigante. Dimensões muito grande, é de se esperar, já que sua tela é uma pilastra gigantesca. As cores são muito bonitas. Dá uma sensação de um mundo pujante. O desenho revela um boca comum a dois corpos. Dois seres compartilhando uma mesma boca. Cara, eu gostei para caramba. E ainda tem alguns retardados que dizem que esses rapazes são vagabundos. Que vagabundo se ocuparia de uma pintura por 10 horas consecutivas para vê-la pronta. Tudo bem, não sou ingenua. Sei que há algumas coisas estranhas, mas me digam, em nossa comportada sociedade também não o há? Quem quiser ver, pode ir à Praça XV e depois me fala como ela ficou (não estava pronta ainda).

Eis aí a imagem terminada. Ficou linda!
Outras imagens podem ser vistas no link http://blog.estudiodurer.com.br/?tag=grafite

Acabo sem prévio aviso. Até a próxima!



sábado, 8 de setembro de 2012

Estados Psicodélicos e Nostágicos I

Todos os meses entro em estado de tensão máxima, é a maldita TPM. É um misto de nostalgia e superagitação mental. Alguns dizem que parece bipolaridade. Não sei, mas não consigo definir se é ruim ou  não. Pois, se por um lado, choro igual bebezinho com fome só porque o arroz queimou, por outro, minha criatividade é acionada e fico na maior fissura (me dá um trabalho dos diabos me controlar. Olha que nem barbitúricos tomo, imagine só se o fizesse? rsrsrs).


Homens, acreditem! Não é nada fácil transitar entre esses dois estados de ânimo concomitantemente.


Para piorar ainda mais a situação, resolvi, nesse feriadão, assistir uma seleção de filmes: Meia Noite em Paris, Branca de Neve e o Caçador, Melancholia, Utopia, Valente e o videoclip da música final deste último filme, "Answer (mais adiante, num outro post - a saga continuará - falarei a respeito dela). Dentre esses 5, só um não puxa pra baixo. É "Meia Noite em Paris".
Marion Cotillard e Owen Wilson
Meia Noite em Paris é um filme de Woody Allen. É leve, delicioso de ver. Uma comédia romântica. A estrutura espaço-temporal é uma arquitetura técnica bem elaborada. Um quê de loucura do Woody. Aliás, a maioria de seus filmes tem uma cisão com o tradicional. Ele é uma criatura que pode se dar a esse luxo. É cultíssimo e sabe como ninguém utilizar seu vasto conhecimento na elaboração técnica e conteúdo de seus filmes (nossa, acho que tem muito "ura" nesse parágrafo, mas vou deixar assim, senão não escrevo metade do que pulula nessa memória de ameba). Bem, voltando a ruptura do espaço-tempo, há uma intersecção no tempo presente e passado. Gil se descobre perdido em Paris à noite e, senta-se numa escadaria, quando aparece um carro antigo e seus ocupantes o chamam para dar uma volta e, essa volta, o leva para o passado, na década de 20. 

O tempo presente é monótono, decepcionante, sem cor e sem vida para Gil, o escritor hollywoodiano desencantado com seu ofício. No entanto, o passado é vibrante, cheio de expectativas, agitado, criativo. Seu singelo passeio o leva a uma festa onde ele inacreditavelmente se encontra com  Cole Porter, Scott Fitzgerald e sua excêntrica esposa, Zelda Fitzgerald, Ernest Hemingway entre outras celebridades históricas do mundo das artes.  É o mundo onde a arte é o pilar central, no presente, ela é um mero adereço. Algo para ser apenas jogado de modo pedante por alguns Medalhões (como bem classificaria Machado de Assis).

No passado, a nata artística desfila serelepe. Tem-se representantes do cinema, da artes pictóricas, da dança, da música. Dentre os já mencionados, podemos acrescentar Pablo Picasso e sua amante Adriana, Salvador Dalí, Luis Buñuel, Gertrud Stein, Man Ray, Joséphine Baker, Paul Gauguin, T.S. Eliot, Henri de Toulouse-Lautrec, Henri Matisse, entre tantas outras personalidades brilhantes desse Clube das Artes. 

Falando sobre clube, estou a ruminar essa questão há algum tempo. Lembro de alguns exemplos e vejo que não têm o mesmo sentido. Não sei se é por causa da velocidade de nossas vidas ou se por uma questão de ego exaltado. Mas o fato é que nos antigos pontos de encontros de artes não havia hora marcada com antecedência. Todos ou parte se encontravam num horário para tomar chá, café, bebidas, etc. Não tinha um agendamento prévio. Falava-se de tudo e de todos. Os ânimos ficavam exaltados, mas o que resultava era a própria arte em ação, em construção. Alguns se odiavam e debatiam em público seus gostos e desgostos artísticos. Lavava-se a roupa suja ali e depois outra vez. 

Hoje, eu sinto uma certa apatia no mundo literário e, de modo geral, das artes. Os Clubes são herméticos, cheios de patotinhas tão infantis que me irritam. Não há abertura para discussão e, quando há, ficam ofendidos sobremaneira. A maioria que se encontra está em estado permanente de defesa desses egos. Os comentários se perdem em ferramentas digitais que poderiam revitalizar esse diálogo e suprir a distância entre artistas e artistas e entre espectadores e artistas. 

Caramba! Se o meio digital tem possibilidades de interações diversas, parece que nesse âmbito, precisam ainda serem repensadas. Tudo bem que uns podem afirmar que disponibilizam o texto no meio virtual e se os visitantes gostarem ou não, tanto faz. Concordo do ponto de vista do gosto, mas discordo do ponto de vista da perda e do enriquecimento que esse diálogo poderia trazer às pessoas e à Cultura. Para exemplificar isso que estou me referindo tão alopradamente, vou lançar mão de uma algumas personalidades. 

Primeira dupla, Goethe e Schiller. Eram amigos pessoais e divergiam na arte em que cada um acreditava. Goethe defendia o romantismo e Schiller atuava numa vertente chamada Sturm und Drang (tempestade e ímpeto). Quando Schiller morreu, Goethe perdeu seu grande interlocutor e incentivador. Eram críticos entre si. Um instigava o outro a prosseguir, mesmo que divergindo.

Segunda dupla, Van Gogh e Gaughin. Talvez não divergissem tanto, mas têm suas particularidades e estilos próprios. Juntos exploraram e experimentaram o mundo das cores. Hoje percebemos o quão benéfico foi para as artes essa união entre os dois. 

Agora vamos trazer a discussão para dias mais próximos a nós. Elejo meu adorado J. J. R. Tolkien e C.S. Lewis. Encontravam-se regularmente para lerem capítulos um do outro. Discutiam a estrutura da narrativa, o estilo, o pano de fundo. É claro que não concordavam sobre muitas coisas, mas o movimento de suas criações era visível, era corrente. Eles sabiam em que pé andava a arte de seu tempo e deles mesmos, porque eles faziam parte desse movimento.

Enfim, ainda desejo que em nossa atualidade possamos alcançar essa maturidade discursiva e não nos fechemos em nossos egos e deixemos escapar as possibilidades desse movimento em nossa arte verdadeiramente contemporânea do hoje, do agora. É isso o que desejo. Muito embora não seja artista, mas me considero uma grande apreciadora e amante de todos os tipos de artes.

Fontes: (quem não conhecer todos os personagens do filme, podem visitar essa página eletrônica http://www.ospaparazzi.com.br/celebridades/meia-noite-em-paris-saiba-quem-e-quem-4788.html - lá encontrarão uma relação de quem é quem).