Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Filme Ensaio sobre a Cegueira

Poxa, lamentei muito a perda do trabalho que fiz sobre o filme "Cegueira", por isso, registro por aqui minha impressão sobre ele. A memória é caótica porque faz muito tempo que assisti ao filme. Bem, o que mais me chamou a atenção foi a possibilidade que aquela população específica de cegos tinha a oportunidade de criar um mundo novo, partindo de novos pressupostos e, no entanto, reproduziram exatamente o mundo como conheciam, com suas mazelas, suas injustiças e violências impostas pelo poder da coerção por meio de arma. A situação da mulher continuou sendo a de um objeto manipulado ao bel prazer dos homens.

Pensando um pouco sobre o ponto de vista da Gerusa Souza com relação a traição do marido, relembrando a situação, percebo que a mulher já não era mulher, era mãe e a dele para ela, era de filho. Do ponto de vista ocidental quem tem atração sexual pela mãe é louco e incestuoso, mesmo a razão indicando que ele não era filho dela. No final do filme, ela deixa ele tentar fazer as coisas sozinhos e só entao, o relacionamento deles, volta a uma normalidade entre homem e mulher.

Agora, o que ainda não tive tempo de pensar foi o porquê de ela ser imune aquele virus. Ela é uma testemunha da possibilidade de mudança e o que vê é exatamente o que antes seus olhos viam. Enfim, é um aspecto que só assistindo o filme e lendo o livro e um pouco mais sobre o Saramago, eu consiga especular mais um pouquinho.

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