Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

terça-feira, 15 de julho de 2014

O Hedonismo do Futebol Brasileiro

Dada a minha completa indiferença futebolística, o que escrevo aqui provavelmente é fruto de minha insatisfação por conta da insatisfação do povo brasileiro pelo resultado da Copa do mundo de 2014 e as consequências iniciais advindas dele: a demissão da comissão técnica do Brasil e os olhos marejados de lágrimas do Felipão se sentindo duplamente magoado pela CBF e pela Globo de televisão. Ingenuidade dele?
Esse homem não tem o direito de ser Humano, apenas o dever de ser uma Máquina de Vitórias

A demanda que impulsiona o futebol e o carnaval aqui no Brasil é o Hedonismo, puro e simples hedonismo. Ora, somos um povo educado a base da filmografia hollywoodiana em que a fundamentação é a ideia do super herói, aquele que nunca erra e quando erra, é um erro fatal, Game over. Então, esperar que instituições oportunistas segurassem o técnico é no mínimo tolice, porque essa indústria encontra sua matéria prima no prazer da massa nada racional, apenas emoção desvairada. Segundo essa demanda, o desejo deve ser satisfeito a qualquer preço, a qualquer preço. Portanto, se o brinquedo não der prazer sempre, será substituído o quanto antes.  O prazer que foi anteriormente dado, não tem a menor relevância. Ter treinado a Seleção Brasileira do PENTA, juntamente com o Parreira que havia sido técnico do TETRA (esse, mais do que o outro, deve estar se sentindo duplamente magoado), não é justificativa suficiente para a permanência dele no comando da Seleção Brasileira de 2014 pós Copa, já que o HEXA não foi conquistado e, para piorar, foi um resultado dos mais negativos possíveis para a história do futebol brasileiro.

No Brasil, quem trabalha nessas duas áreas do entretenimento, tem de ser super homem. Tem de abrir mão de sua humanidade para ser Deus ou o Diabo. Suprindo todos os desejos da massa, é um Deus. Contudo, se o desejo da massa for negligenciado, torna-se um demônio e, como tal, tem de ser exorcizado e aniquilado. Não há margem de erro para o gozo da massa, ele tem de ser completamente satisfeito, sempre e sempre e sempre. Somos uma massa ninfomaníaca, no sentido de que sempre buscamos o prazer desenfreado. 

Mas acho que também serviria no sentido do sexo mesmo. As marias chuteiras que não me deixam mentir. Aliás, será que os campeões das Olimpíadas na Antiga Grécia, não tinham como prêmio o direito de escolher alguns dos mais belos corpos e distribuir, nesses corpos, um pouco do prazer que eles estavam sentindo? Com os nossos jogadores, parece que isso também ocorre.