Brasil já é a sexta maior economia do mundo, segundo consultoria britânica VERSUS Brasileiros estão entre os que menos obtêm retorno por impostos pagos. Uma outra manchete para fechar com chave de ouro legítima: Desembargadores do Rio chegam a ganhar mais de R$ 640 mil num mês.
A Primeira manchete me faz rir e chorar ao mesmo tempo porque sua matéria prima são os despojos das economias do dito “primeiro mundo”, será que o Brasil fez alguma coisa extraordinária para galgar tal degrau? A segunda só me faz chorar quando faço uma relação com a primeira notícia. Um colapso flagrante em todas as instituições governamentais (federais, estaduais e municipais) que, em tese, deveria está sendo solucionado pelos altos impostos cobrados dos brasileiros. A terceira é elucidativa quanto ao possível paradeiro dos impostos, no âmbito do Judiciário (foi o exemplo “manchético”), o que faz toda a diferença, pois legitima os atos que se estenderão a todos os outros poderes: o Legislativo e o Executivo.
Dizem que as Ienas riem da desgraça de suas vítimas, como não acreditar nesse postulado? Alguém vê político, maiorais do legislativo ou do judiciário chorar? É mais do que justificado o porquê da guerra de foice no concursos públicos, quando esses poderes abrem vagas. Tem pessoas que estudam durante dois ou três anos só para não perder essa oportunidade ou como comumente se chama de “boquinha”.
O mais impressionante é que fico a refletir e chego a uma meia conclusão: por que em vez de eu está escrevendo essas coisas, por que não estou estudando para passar num desses concursos e assim gargalhar junto com todos. Por que tenho que ser a persona non grata? Por que não ambicionar ser tão popular quanto eles todos? Mas, levando em conta a objetividade da coisa, eu nem saberia lidar com tanto dinheiro. Logo, logo ficaria a zero, pois o que entendo eu de finanças, senão o malabares que aprendemos a duras penas em administrar mensalmente o tão célebre salário mínimo – que de fato é mínimo literalmente. Mesmo estando no ranking como sexta maior economia mundial.
Ruminando na tragicomédia e no absurdo dessas manchetes, o que podemos concluir, será que o Brasil arrecada pouco imposto? Será que os brasileiros sonegam impostos? Mas afinal de contas o Brasil investe alguma coisa no proprio país? Para onde vai nossos impostos? Tantas perguntas para poucas respostas. O que é política no Brasil e, em alguns paises, senão sinônimo de roubalheira, corrupção ativa, passiva e qualquer outra voz que se crie. Afinal de contas, somos um país bem versátil no que diz respeito a criação de cargos. Corrupção, no Brasil, é uma miscelânia de genialidade pura. Seu objetivo maior é focado essencialmente nos desvios de verbas e divisas. Não duvido muito que alguns PHDs desse Futuro Ministério, estejam em breve abrindo um curso específico nessa área, nas faculdades quer públicas ou privadas (temos o PROUNI para garantir a Democracia).
Mas não quero terminar esse texto apenas com esse gosto de fel na boca. Apelo então para o jornalista Alexandre Garcia, tão otimista e sonhador quanto eu no diz respeito a investimentos na educação do Brasil. Segundo disse o jornalista “Ela [a presidente Dilma Roussef] afirmou que o evento [posse dos novos ministros da Educação e de Ciência e Tecnologia] de terça-feira (24/01/2012) é o mais importante do governo dela. Tão importante que compareceram dois ex-presidente da República: Lula e Sarney".
A palavra de Ordem da Presidente é CASAMENTO “casamento entre educação, ciência, tecnologia e inovação como meta para um país maior e mais justo. O novo ministro de Ciência e Tecnologia quer também um casamento com a indústria”. Ora bolas, acho que vou aproveitar a onda e me casar também. Mas com quem? Quem se casaria com uma linguaruda como EU?
Ele finaliza a reportagem dizendo “Tomara que isso signifique uma prioridade absoluta. (...) Aí os políticos, sem ter como oferecer favores e dádivas, terão de discutir ideias com o eleitor que, com mais qualidade na educação, terá mais qualidade no voto”.
Caro Alexandre Garcia, acho que esse grand finale seu, condenou todo o nosso desejo de mudanças. todavia, assim com o senhor, também eu desejo um país instruído. Um Povo Não apenas capacitado para o mercado econômico ou do trabalho, mas como Sujeito, como Cidadão do nosso País e do Mundo.
Eita quanto Utopia. Mas fazer oquê? O que seria de nós sem os sonhos e objetivos quase inalcansáveis? Há que se ter algo que nos impulsione, mesmo que seja para o buraco.
Fontes:
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/01/desembargadores-do-rio-chegam-ganhar-mais-de-r-640-mil-num-mes.html
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/12/brasil-ja-e-sexta-maior-economia-do-mundo-segundo-consultoria-britanica.html
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/01/brasileiros-estao-entre-os-que-menos-obtem-retorno-por-impostos-pagos.html
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/01/educacao-e-ciencia-mudam-o-pais-afirma-alexandre-garcia.html
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