Tantas coisas acontecendo em minha vida, tantos rodamoinhos de
sensações estranhas, entorpecidas, talvez até mesmo vazias. Uma vontade
de nada, as vezes um mutismo meio independente a minha consciência, não
sei se tristeza ou apenas um istmo, uma rachadura que não consigo
definir muito bem. Só sei que não é infelicidade (o que é um bom começo).
Acho que é excesso de
liberdade que nao estou sabendo administrar muito bem. Eu esqueci que minha prisão era mental. Agora que estou livre e posso voar para onde quiser, sinto-me presa sem saber em que direção devo seguir. Ainda penso como uma pessoa que precisa de delimitações, pelo menos até me acostumar com a luz, pois passei tempo demais trancada no escuro. É preciso ventilar o espírito e acordar meus desejos esquecidos no porão de minha também esquecida alma.
Finalmente eu posso sentir que sou gente e navegar em mim mesma.
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