Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

sábado, 12 de janeiro de 2013

O Hobbit - J.R.R. Tolkien


Bem, findo o livro "O Hobbit", eis como me sinto lendo um post do grupo Tolkien Brasil (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=468665749858768&set=a.458414514217225.103476.429355973789746&type=1&theater), me inspirou e eu comentei isso lá, aqui e além rsrs:

Talvez seja por isso que eu gosto tanto da obra do Tolkien. Não li toda a obra dele, mas a impressão que tenho é que o mundo fantástico para Tolkien, era sua própria vida. Ele a colori com matizes intensos e delicados ao mesmo tempo. Pinceladas leves, mas que imprimem naqueles que o leem ou ouviram sua narrativa, uma marca indelével. Sua obra, para mim, é um Elogio à família, a riqueza da simplicidade das coisas que normalmente deixamos de observar no corre corre da vida moderna e urbana. 

  
Ontem terminei de reler o livro "O Hobbit" e ao longo da história, ve-se claramente a oralidade do autor, é como se de fato a escrita estivesse no mesmo passo da voz dele narrando aos filhos. Partes exaltadas tão necessárias para prender a atençao dos pequenos, as músicas que sempre encantam as crianças e fazem com que elas interajam e entrem naquele mundo narrado. Alías, falar de pequenos, é mais uma indicação de que esse mundo fantástico, talvez, tenha sido criado com a intenção de fazer com que eles sejam a parte mais importante (Bilbo é menor que os anões e é o herói; Frodo igualmente), os gigantes são tolos e nem conseguem entender-se entre si. A ruptura da linearidade da narrativa causando aquele frisson nas crianças para saber o que acontece e ele retoma o ponto anterior da narrativa explicitando o ocorrido para que nada fique de fora, mas a técnica causa essa excitação e o autor conduz filho e leitor as imensidões, as fendas, os abismos de sua imaginação tão genial aonde ele quer. Somos todos ouvidos e vistas, confesso-me completamente maleável e adoro isso, rsrsrs.

CARAMBA, vou parar por aqui, ja deu para ver que eu AMO MUITO TUDO ISSO.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Narrador / Personagem - pensando os elementos da narrativa


Estou a pensar sobre a coerência da fala do narrador e do personagem. Como podemos definir por exemplo, quando um personagem não tem grande erudição, mas sua fala demonstra um profundo conhecimento psicológico calcado em aspectos teóricos? Como posso considerar a estrutura narrativa e a construção dos personagens?

Será que a sensibilidade e a observação da vida e suas conclusões tiradas desse contexto são suficientes para a verossimilhança dos personagens? Acho que sabedoria não requer diploma, mas a linguagem com a qual a literatura é inscrita, depende do sentido que as palavras dão ao texto e, com elas, podemos dizer quando é simples ou complexa ou complexas mesmo sendo simples. Se ponho um analfabeto falando sobre questões científicas com linguajar específico (como classificamos: coerente ou incoerente?), por outro lado, um erudito pode falar de modo menos erudito (então, como montar essa equação na hora de criar personagens sem cair em incoerencias e contradições?)