Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O que Mesmo Hugo Cabret Inventou?

Não foi o autômato, não foi o relógio e nem o cinema.

Então o que danado ele inventou? Comecei a assistir o filme ontem, mas estava com sono e acabei deixando para assistir hoje pela manhã. Depois que assisiti, quis escrever sobre ele, fiquei o resto da manhã pensando o que iria escrever. E a questão da invenção de Hugo matelava minha cabeça. De tanto queimar a mufa e dar corda com manivela nos dois neurônios que tenho, formulei uma hipótese:

HUGO INVENTOU A SI MESMO.

Apesar de não ser especialista em figuras de linguagem nem em linguística, contudo, ouso arriscar que Hugo é a Metalinguagem de si mesmo e da Metáfora criada pelo autor do livro "A invenção de Hugo Cabret" de Brian Selznick.

Num determinado ponto do filme ele diz que somos parte de uma máquina que não tem peças sobressalentes, portanto, se não somos uma peça sobressalente, temos uma finalidade específica no mundo. Veja que Hugo se pensa como engrenagem de uma grande máquina e, como engrenagem ele age consciente de que não é o todo, mas parte de um mecanismo que precisa funcionar.

Hugo gosta de consertar coisas que pararam de funcionar, que já não exercem bem suas funções. Desse modo, quando ele encontra Ben Kingsley - Georges Méliès que é um dos precursores da Sétima Arte e dos efeitos especiais, ele tenta consertá-lo. 
Georges Méliès (1861-1938)
Ele encontra-se morto porque ninguém mais se lembra dele, pois com a guerra, a ilusão do cinema frente a realidade vista pelos soldados e por todos que foram afetados por ela, deixa de ser empolgante. 

No entanto, parece que a realidade atualmente é tão dura e incompreensível que tudo é mais interessante e anestesiante que ela. São tantos meios que anestesiam, que alguns indivíduos navegam na alienação profunda desde o adulto até as crianças.

Algumas pessoas reclamaram que o tempo do filme é muito longo para as crianças. Ah! a grande questão do tempo e realidade para as crianças. Ao que parece até mesmo nós adultos concordamos com a ideia de que criança não é capaz de permanecer muito tempo diante de algo que julgamos interessante. Mas se isso é verdade, por que será que as crianças ficam horas e horas diante do computador ou jogos? Elas as vezes permanecem, o equivalente a uma jornada de trabalho adulto (8 ou mais horas), hipnotizados por uma tela..
 O que faremos com as Alienações de nossas crianças? De nossos jovens e de nós mesmos?

Sei que essa crítica fugiu completamente ao que eu intentava dizer, mas, paciência! Assim que eu puder assistir outra vez o filme comento mais.

3 comentários:

  1. Mas se isso é verdade, por que será que as crianças ficam horas e horas diante do computador ou jogos? Elas as vezes permanecem, o equivalente a uma jornada de trabalho adulto (8 ou mais horas), hipnotizados por uma tela.. /// Isso é a mais pura verdade as crianças passam muito tempo em frente a tela de um computador apertando varias teclas e nos os adultos ficamos no trabalho por horas e horas por enquanto que as crianças ao invés de estarem sendo crianças estão jogando ou nas redes sociais!

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  2. Acabei de assistir o filme, adorei sua reflexão sobre o Hugo ter inventado a si mesmo masa parte de criticar os jogos me pareceu senso comum. A realidade é que a criança que se envolve tanto com jogos a ponto de ficar 8h jogando é a mesma que ficaria 8h assistindo filmes. Eu cresci jogando o maximo que meus pais deixavam, o bom senso de nao me deixar 8h jogando foi deles. Mais tarde, quando adolescente e hoje com 20 anos confesso que por varias vezes ja passei mais de 8hrs jogando, lendo, assistindo filmes e isso nao me impediu de brincar na rua, ser fã de uma banda, aprender ingles, musica, fazer uma faculdade. Na realidade sempre que tenho a oportunidade fico horas seguidas jogando, vendo filmes ou lendo. Isso tudo é arte, imersa nessas artes eu me descubro, encontro o sentido da minha existencia... 8hrs seguidas de jogo tem muito mais significado pra mim do que 8h de mera rotina.

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  3. Acabei de assistir o filme, adorei sua reflexão sobre o Hugo ter inventado a si mesmo masa parte de criticar os jogos me pareceu senso comum. A realidade é que a criança que se envolve tanto com jogos a ponto de ficar 8h jogando é a mesma que ficaria 8h assistindo filmes. Eu cresci jogando o maximo que meus pais deixavam, o bom senso de nao me deixar 8h jogando foi deles. Mais tarde, quando adolescente e hoje com 20 anos confesso que por varias vezes ja passei mais de 8hrs jogando, lendo, assistindo filmes e isso nao me impediu de brincar na rua, ser fã de uma banda, aprender ingles, musica, fazer uma faculdade. Na realidade sempre que tenho a oportunidade fico horas seguidas jogando, vendo filmes ou lendo. Isso tudo é arte, imersa nessas artes eu me descubro, encontro o sentido da minha existencia... 8hrs seguidas de jogo tem muito mais significado pra mim do que 8h de mera rotina.

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