Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

sábado, 30 de maio de 2009

Assim é o meu Machado de Assis

Essa foi a primeira impressão que tive de Machado de Assis.



Assim é o meu Machado de Assis

Assim como a maioria dos escritores iniciantes, Machado de Assis também iniciou sua carreira dando os primeiros passos de modo incerto. Tentando atrair para si a atenção do público, e para isso, tinha que seguir um certo modismo da época. Mas, diferentemente, de muitos escritores — que fizeram a mesma coisa e acabaram se diluindo no meio literário sem ser sequer notado —, Machado deixou sua marca. Mesmo que tênue no inicio, mais deixou.

A evolução de sua obra, mostra que ele em momento algum, tornou-se um escritor enfadonho e previsível. Toda sua produção literária, foi ao longo do tempo, sendo aprimorada e com isso, surpreendendo a todos cada vez mais.

Esse brilhante escritor, era e ainda é, o “Deus” de sua literatura. Digo isso, porque vejo que todas as suas personagens eram controladas por sua onisciência e onipresença. Tal fato se justifica pela polêmica que até hoje se instaura quando se fala de Capitu. Percebo estupefata, que ele dentro dessa característica “divina”, criava e manipulava não apenas suas personagens, mas, também o leitor, que é a meu ver, o principal protagonista. Comparo Machado ainda, a um magnífico general estrategista. Ele elaborou estratégias mirabolantes para desafiar o leitor, para prender a sua atenção e vencê-lo de forma nunca antes imaginada, o que inevitavelmente, não poderia deixar de ser, levando-se em conta o exímio jogador de xadrez que fora.

Deus criou o mundo de Machado, mas, Machado achou que devia seguir os passos do pai celestial. assim, criou a partir do macro-mundo seu próprio micro-mundo, onde foi e é senhor absoluto. Não sei se ele pensou ou não que sua obra — como tudo existente no mundo de Deus — pudesse está sujeita ao livre-arbítrio do ser humano. Daí tantas e tantas teses resultam de sua produção ate hoje, sem uma conclusão aceita unânimimente, mas, como dizia Nelson Rodrigues “a unanimidade é burra”, louvo o pensamento de Nelson e as criatura de Deus, pela falta de unanimidade. Porque desta forma posso eu, hoje, esta expressando a minha insignificante opinião de leitora manipulada, com toda honra, graças à Machado.

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