Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Romantismo

"Eu queria pedir que você nunca roube, minta ou traia.

Mas se você tiver que roubar, roube todas as minhas tristezas.

Se você tiver que mentir, minta, mas para poder passar todas as
 horas comigo.

E se tiver que trair, traia a morte porque eu não posso passar
 um dia sem você".


Quando ouço palavras como as que coloquei em evidência, percebo que apesar de todos os pesares, ainda continuo romântica, do mesmo modo que era em minha adolescência, se isso é démodé ou brega, sinto desapontar, mas ainda quero encontrar alguém a quem um dia possa pedir tais coisas. 

Por mais que a realidade diga que isso não existe, minha alma teima em ser ridícula, burra e irracional. O texto foi retirado do filme Casa Comigo? Um filme tipo "mamão com açucar" (como dizem os céticos em relação ao amor), mas com um enredo tão simples e encantador. A paisagem (acho que é irlandesa) é deslumbrante. Eu também tenho minha dose de ceticismo. Contudo, ainda tenho fé no amor. Vivemos à sombra de ideais televisivos ou cinematográficos. Existe amor em sua plenitude real, isto é, são amores que nascem de modo parecido ou não como os que são retratados nesses veículos de comunicação. São amores que brotam, se constroem ou as duas coisas ao mesmo tempo. Muitas vezes deixamos de ver esse amor porque nosso imaginário está sobrecarregado desses ideais socialmente ou economicamente criados. 


O que nos vendem como amor? Por que gostamos de ser iludidos quanto a esse tema ou será que ele não é um tema, e sim uma parte de nossa natureza latente? As vezes nos equivocamos entre a ficção e o possível real (que pode ser mais belo que o ficcional). A pergunta mais do que batida retornou a minha mente: a vida imita a arte ou é a arte que imita a vida? Poxa, quando ouvi a personagem falar esse texto para o noivo, vi que para mim não faz a menor diferença se é ficcional ou não.  Constatei, além disso, que meu ceticismo é muito falastrão. rsrsrs Eita como é constrangedor nos ver como de fato somos: meros mortais humanos, contraditórios e ilusionistas de si mesmo.


6 comentários:

  1. Sou uma sonhadora que reluta para não sonhar, mas quando dou por mim estou suspirando... depois começo a rir de mim mesma...rs...
    Acredito que na verdade gostamos de acreditar em contos de fadas, em idealizar alguém no corpo de outra pessoa, em querer sermos desejados no momento 'nosso' e acariciados na carência, mas na hora da raiva, da fúria queremos mesmo é que todos fiquem bem longe!!! rs
    Somos humanos!!!

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  2. Minha querida poeta, sonho tanta quanto voce e fico meio P da vida as vezes por isso. Aprendi, por pura sobrevivencia, ter um mundo interiro na mente. Hoje, no entanto, me forço de vez em quando a baixar à Terra, e sabe que a experiencia desse aterrissamento me surpreende e, de vez em quando, prova ser melhor do que o mental rsrsr.

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  3. Helene Camille....belo texto.
    Belas palavras, questionadoras, intensas... assim é a vida. Muitas vezes ela nos leva para onde não queremos.
    Sigo-te beijos!

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  4. Olá, obrigada pela visita. Ah! a vida, uma bela caixa de pandora.

    bjs

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  5. Sou romântica como você e mesmo lutando para não acreditar e não ser presa fácil da ilusão e decepcção, não resisto. Meu verso preferido é o de Vinicius: De tudo ao meu amor serei atento antes/e sempre e tanto/e com tal zelo/que mesmo em face do maior encanto/dele se encante mais meu pensamento...

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    1. Oi Rita, saudades d'ocê. Essa luta é tão ladina, quase sempre sucumbo. Mas, sabe não assumir isso, seria mais ilusão ainda. Não quero ser ressequica ou ressentida com o amor por conta de um fracasso, embora esse fracasso tenha sido fragoroso rsrs. Mas o que se há de fazer, continuar caída a choramingar pelos cantos, dane-se, mesmo claudicante vou seguir. Não sei se estou me fazendo entender, pois sou confusa como o que (sei lá) rsrsr. Quando escrevi esse post foi imbuida de alguns sentimentos que senti durante o file e de autoras (es) como você com sua "Moça", Jaqueline, Lédio, Janaína Cunha, Orfeu, Carlos Brunno e tantos outros que cantam o amor das mais diversas formas.

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