"Eu queria pedir que você nunca roube, minta ou traia.
Mas se você tiver que roubar, roube todas as minhas tristezas.
Se você tiver que mentir, minta, mas para poder passar todas as
Mas se você tiver que roubar, roube todas as minhas tristezas.
Se você tiver que mentir, minta, mas para poder passar todas as
horas comigo.
E se tiver que trair, traia a morte porque eu não posso passar
E se tiver que trair, traia a morte porque eu não posso passar
um dia sem você".
Quando ouço palavras como as que coloquei em evidência, percebo que apesar de todos os pesares, ainda continuo romântica, do mesmo modo que era em minha adolescência, se isso é démodé ou brega, sinto desapontar, mas ainda quero encontrar alguém a quem um dia possa pedir tais coisas.
Por mais que a realidade diga que isso não existe, minha alma teima em ser ridícula, burra e irracional. O texto foi retirado do filme Casa Comigo? Um filme tipo "mamão com açucar" (como dizem os céticos em relação ao amor), mas com um enredo tão simples e encantador. A paisagem (acho que é irlandesa) é deslumbrante. Eu também tenho minha dose de ceticismo. Contudo, ainda tenho fé no amor. Vivemos à sombra de ideais televisivos ou cinematográficos. Existe amor em sua plenitude real, isto é, são amores que nascem de modo parecido ou não como os que são retratados nesses veículos de comunicação. São amores que brotam, se constroem ou as duas coisas ao mesmo tempo. Muitas vezes deixamos de ver esse amor porque nosso imaginário está sobrecarregado desses ideais socialmente ou economicamente criados.
O que nos vendem como amor? Por que gostamos de ser
iludidos quanto a esse tema ou será que ele não é um tema, e sim uma parte de
nossa natureza latente? As vezes nos equivocamos entre a ficção e o possível real (que
pode ser mais belo que o ficcional). A pergunta mais do que batida retornou a
minha mente: a vida imita a arte ou é a arte que imita a vida? Poxa, quando
ouvi a personagem falar esse texto para o noivo, vi que para mim não faz a
menor diferença se é ficcional ou não. Constatei,
além disso, que meu ceticismo é muito falastrão. rsrsrs Eita como é
constrangedor nos ver como de fato somos: meros mortais humanos, contraditórios
e ilusionistas de si mesmo.