Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Razão Flutuante ou Flutuação da Razão


Ouvindo “Ain't no Sunshine” (mudo na letra da música apenas o pronome de she’s para he’s) e a pensar em bons momentos e na aula de Teorias e Sistemas Psicológicos de hoje. Grande aprendizado ainda não assimilado, portanto, exposto aleatoriamente para ir refletindo ao longo do tempo. Os registros segundo a Psicanálise: Real é aquilo que não pode ser simbolizado, é o que retorna sempre ao mesmo lugar. Simbólico é o registro da consciência. Imaginário é condicionado ao significante e não ao significado.

Consciência é uma superfície onde as imagens se refletem. Lacan define como uma montanha refletida no espelho d’agua de um lago.

Hiância = Hiato; Hiato = atos falhos = hi-a-to, vê como o “a” tem a natureza livre do hiato, mas se não estiver ligado aos extemos, não tem sentido, mas tem significado. De certo modo, somos hiatos. Somos e estamos ocupando esse lugar específico. Estamos sempre ligados ao sensível (físico) que nos possibilta a emoção na alma. Contudo, o real é o eterno retorno ao mesmo, muito embora faça o simbólico trabalhar, porém, ele mesmo nunca responde a contento nem para ele mesmo nem para outrem. De modo que sempre buscamos respostas, porque em si mesmo, já somos a pergunta, o enigma a ser desvendado, se possível, por cada um de nós e ninguem mais. O ato falho que ao se tomar consciência desse lugar, busca equacionar seus eus e seus nós. Como numa cena onírica em que o real é o que não se encaixa, é o estranho à racionalidade. No sonho, nossos desejos são satisfeitos à revelia do ego (ou será que ele fecha os olhos deliberadamente – como numa bacante ou nosso canarval para aliviar o peso da vida com a permissão da sociedade). Acho que a Psicanálise denomina “cena onírica = umbigo do sonho”, o umbigo é o resultado do corte e do nó. É algo que simboliza o início de sua entrada no mundo e de sua individuação física ante sua genitora. O umbigo é a cicatriz do início da vida, mas é sobretudo a possibilidade de nos construir e nos reconstruir, a medida do possível, de nos vivificarmos e plenificarmos nossa existência ao máximo.

Tudo isso é apenas um esboço reflexivo sem nenhuma pretensão de verdade, por isso, deu o título de “Razão Flutuante ou Flutuação da Razão”, que não é uma frase minha e sim de meu professor, que achei que justificava esse texto.

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