Se considerarmos que os relacionamentos na vida "real" são complicados, descobrir que os da internet são bem piores para aqueles que querem um envolvimento não apenas físico mas também emocional. Na vida real esse mesmo problema se apresenta, mas com uma leve diferença.
Na internet o que está do outro lado, não precisa ouvir ou vivenciar aquele momento, caso não esteja a fim. Basta que feche as janelas e bloqueie a pessoa em questão. Mas na vida "real" isso não dá muito certo. Você esta frente a frente com a pessoa, mesmo que viremos as costas, ela pode vociferar e você mesmo sem querer vai ouvi-la. Pode também usar o velho artifício de que ouviu, mas na verdade o dito entra por um ouvido e sai pelo outro. No entanto, o que se ouviu pode até ser desconsiderado, mas passou de algum modo pela consciência, na internet se desligarmos nem chegamos a ouvir, por isso o dito se perde e seu interlocutor nunca saberá o que foi dito depois que ele fechou a janela, a não ser que o outro tenha outros meios de entrar em contato com você.
Um pacote recheado de pecado e paixão desmedida |
Ou uma fantasia de freira |
O discurso esperado pelo o outro é algo mirabolante seja ele qual for, nada de real existe. É uma idealização louca. Se uma palavra for mal interpretada, pronto, perdeu, perdeu. O terreno é completamente minado. O que o outro espera de você é pura utopia. Você cria um frankenstein lapidado no bisturi do Ivo Pitangui e submetido ao mais avançado processo de formação de carater que se quer encontrar no outro. Citei apenas os extremos [prostitura e freira], mas há uma infinidade de outros pedidos fantásticos e esteriotipados.
De minha experiência "internética" tirei algumas máximas: se quiser ter milhares de amigos, basta colocar uma foto supersensual (decote profundo, lingerie, biquini), mas atenção! Tem de se fantasiar toda vez que for falar com os "amigos" e a camera tem que ter zoom ou uma posição estratégica para que a visualização da mercadoria seja bem observada, avaliada e passar pelo crivo da excitação (aqui tem graus diversos), o próximo passo é a movimentação do corpo, uma ginástica só: levanta, dá um giro de 360 graus (frente e verso), debruça perto da camera para ressaltar os dotes superiores e para finalizar pode parar de costas para que possam ver a elevação traseira. Mas e o rosto? Ah! isso é só um detalhe, e o que a pessoa pensa? Loucura isso não deve existir em uma mulher. Seja apenas objeto e nunca morrerás sozinha, Ah! detalhe quando tiver que morrer, morra jovem com o corpo ainda com muito colágeno, senão, morrerás sozinha.
Mas o mais engraçado é quando voce é objetiva, tipo assim: Quero apenas transar com alguém interessante a meus olhos, de modo algum quero casar, além de você quero outros parceiros sexuais etc. Ai é de cair na gargalhada, pois o carinha diz: "e o sentimento? onde que fica?". Ou seja, ele quer as duas coisas de nos. Tanto aquele que busca "apenas" sexo quanto aquele romantico, querem uma mulher prostituta que os ame.
Conclusão: Estou mais confusa do que nunca. Que ser? Uma mulher-prostituta ou mulher-santa, mas que saco. Porque não sou lésbica ou bissexual, mas já me disseram que tanto sendo uma quanta a outra, também vou enfrentar as mesmas dificuldades que sendo heterossexual. P Q P, melhor ser hetero que já conheço um pouco a dança e torcer que apareça algum maluco que leia esse post e que seja interessante.
Já sentei, porque sei que vou esperar uma eternidade, tipo fila de hospital público.
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