Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

sábado, 29 de outubro de 2011

O Mensagista


O destino é a ponte que voce constrói até a pessoa desejada. Em meio a milhões de constelações encontrei uma única estrela, mas será que ela é única mesmo ou sou eu que desejo que ela seja a única? Será que é possível construir essa ponte até essa estrela? Mas, e se eu não conseguir habitar sua alma, seu corpo, e se ele algum dia perceber que tem alguém ou alguma voz a lhe chamar, sou eu. É tantos ses. Talvez seja precipitação minha, chegar a essa conclusão, por isso, deixo esse post para que, no futuro, eu possa retornar e verificar se de fato era isso mesmo.

Faço-me presente, nos textos que escrevo. Ele, no entanto, terá todo o direito de pedir que me afaste, que me cale, que não escreva mais. Atenderei sem titubear. Não seria capaz de me fazer presente sabendo que não me deseja por perto, pois se preservo minha liberdade, por que cercearia a do outro. Tudo isso, talvez esteja acontecendo porque ainda não sei definir onde fica a linha divisória entre o romance (supostamente real) e a ilusão (que a mim, pareceu mais real do que o real). Muitas vezes a gente confunde estar vivendo num mundo que só existe dentro de nossa cabeça, porém, esquecemos que ninguém tem acesso a esse mundo a não ser que você mesmo diga que ela lá habita, que ela transita livremente, contudo não pode obriga-la a viver dentro de você. Isso seria prisão.

Meu Deus! Como pode alguém se imiscuir em sua alma em tão pouco tempo. Minha alma chora, lamenta a ausência gráfica de suas mensagens, porque foi só isso que tive dele, nada além de mensagens escritas no celular. Nada físico, nada que pudesse remeter a um encontro "real". Mas foi tudo tão real para mim, talvez seja carência, mas no fundo sei que não é. Poderia ter o encontro físico com outro, mas não quis. Não tinha mais sentido depois dele. Sinto constrangimento de falar com outros, pois estou sempre a comparar a plenitude com ele e a aridez com os outros.

Contudo, por mais que me doa não te-lo junto a mim, tive a felicidade de constatar que existe alguém lá fora que de fato é alguém por quem eu esperei toda a minha vida. Ou será apenas por esse momento? Não sei, espero o Devir.

Nove meses depois e eu ainda não consegui encontrar alguém que pudesse superar a presença de Rá. Rsrsrsrs. Mas, como toda ilusão, ele é só um ideal e os ideias são difíceis de se extinguir. Porém, para tudo há um remédio, aprendo cotidianamente a reservar o mundo ideal do "Real" e assim caminharei como todo o resto da humanidade, sempre em frente. Já não sinto tanto sua ausência, estou substituindo-o para outras presenças mais concretas, embora sem grandes picos de adrenalina. 

Aguardemos por mais Devir e quem sabe eu não aceite que fui apenas uma 

 Como dizia minha avó: "Não sei, não quero saber, mas não tenho raiva de quem sabe.

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