Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Os reflexos dos espelhos II

No post anterior, manifestei minha inquietude com relação a imagem do que supostamente somos. Hoje, lendo HEGEL, encontrei em um fragmento algo desassossegador.

"(...) essa violência que a consciência sofre - de se lhe estragar toda a satisfação limitada - vem dela mesma. No sentimento dessas violência, a angústia ante a verdade pode recuar e tentar salvar o que está ameaçada de perder. mas não poderá achar nenhum descanso: se quer ficar numa inércia carente-de-pensamento, o pensamento perturba a carência-de-pensamento, e seu desassossego estorva a inércia. Ou então, caso se apóie no sentimentalismo, que garante achar tudo bom a seu modo, essa garantia sofre igualmente violência por parte da razão, que acha que algo não é bom, justamente por ser um modo. Ou seja: o medo da verade poderá ocultar-se de si e dos outros por trás da aparência de que é um zelo ardente pela verdade, que lhe torna difícil e até impossível encontrar outra verdade que não aquela única vaidade de ser sempre mais arguto que qualquer pensamento - que se possua vindo de si mesmo ou de outros. Vaidade essa capaz de tornar vã toda a verdade, para retornar a si mesma e deliciar´se em seu próprio entendimento; dissolve sempre todo o pensamento, e só sabe achar seu Eu árido em lugar de todo o conteúdo ..." (HELGEL, Fenomenologia do Espírito - número 80)

Nenhum comentário:

Postar um comentário