Sempre fui fascinada por Literatura, em especial, pela Poesia. O que mais me extasia é a combinação das palavras. Essa é a fonte de tudo. Drummond em seu poema “procura da poesia” também se pergunta sobre essa questão e afirma onde podemos encontrar a poesia no reino das palavras:
“(...)Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intacta.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. (...)”
Não se sabe como a combinação das palavras se efetua. Ela tem vida própria. É arisca, não se verga a qualquer um. Ela sabe que é querida, que é esperada, mas ela só se doa a poucos, a poucos mesmo. Diria que esse encontro só se compara ao encontro de duas almas. E isso se dá no ambito do imponderável, do incomensurável, do mísitico, do inaudito, do indizível. Desse encontro, nada se pode dizer, não há o que dizer.
Ao longo de minha vida, busco esses poucos privilegiados quer sejam célebre quer seja amigos, conhecidos, busco em todos os lugares que tenho acesso. Classifico-me como uma olheira poética, a serviço de mim mesma. Busco a beleza dos versos para mim. Cada indivíduo tem um contexto de vida que difere do meu, isso produz nele um olhar e um sentir diferente, contudo, eventualmente, pode coincidir com o meu gosto.
O mundo virtual está sendo um campo muito fértil para minha labuta e, por incrível que pareça, encontrei num site de relacionamento, cuja fama não é das melhores, um desses privilegiados. Ainda bem que não sigo legiões, sigo meus instintos, meu coração e minha alma, que vezes sem conta, me deixam mais confusa do que equilibrada, diga-se de passagem. Mas o fato é que encontrei um desses escolhidos da poesia. Abaixo destaco um verso do poema de Leilson Leão, intitulado “Poema e Poeta Vazio”
“(...) minha inabilidade ante teu infindo contexto (...)” --> Leilson Leão
Não sei o que passou na cabeça do poeta nessa hora, mas eu sei exatamente o que enterliguei automaticamente quando li esse verso. Talvez ele tenha me permitido traduzir um sentimento que antes estava velado no encontro de minha alma com outra alma.
Leilson, recorro ao nosso poeta Drummond, para que me defenda, pois este afirmava que um poema só é do poeta antes de ele o publicar, depois que isso ocorre, é de todos. E peço que me perdoe se fui leviana em usar teu verso com fins egoísticos. Pois como não tenho talento como tu, me apropriei de tua obra para expressar algo que não conseguia dizer com minhas reles palavras.
http://www.memoriaviva.com.br/drummond/poema02... (aqui encontramos o poema “Procura da Poesia” recitado pelo próprio Drummond).
www.recantodasletras.com.br/autores/leilson e http://pt.netlog.com/leilsonleao/blog/blogid=22...- (Nesses dois links encontramos disponível “O poema e o Poeta Vazio” do poeta Leilson Leão)
“(...)Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intacta.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. (...)”
Não se sabe como a combinação das palavras se efetua. Ela tem vida própria. É arisca, não se verga a qualquer um. Ela sabe que é querida, que é esperada, mas ela só se doa a poucos, a poucos mesmo. Diria que esse encontro só se compara ao encontro de duas almas. E isso se dá no ambito do imponderável, do incomensurável, do mísitico, do inaudito, do indizível. Desse encontro, nada se pode dizer, não há o que dizer.
Ao longo de minha vida, busco esses poucos privilegiados quer sejam célebre quer seja amigos, conhecidos, busco em todos os lugares que tenho acesso. Classifico-me como uma olheira poética, a serviço de mim mesma. Busco a beleza dos versos para mim. Cada indivíduo tem um contexto de vida que difere do meu, isso produz nele um olhar e um sentir diferente, contudo, eventualmente, pode coincidir com o meu gosto.
O mundo virtual está sendo um campo muito fértil para minha labuta e, por incrível que pareça, encontrei num site de relacionamento, cuja fama não é das melhores, um desses privilegiados. Ainda bem que não sigo legiões, sigo meus instintos, meu coração e minha alma, que vezes sem conta, me deixam mais confusa do que equilibrada, diga-se de passagem. Mas o fato é que encontrei um desses escolhidos da poesia. Abaixo destaco um verso do poema de Leilson Leão, intitulado “Poema e Poeta Vazio”
“(...) minha inabilidade ante teu infindo contexto (...)” --> Leilson Leão
Não sei o que passou na cabeça do poeta nessa hora, mas eu sei exatamente o que enterliguei automaticamente quando li esse verso. Talvez ele tenha me permitido traduzir um sentimento que antes estava velado no encontro de minha alma com outra alma.
Leilson, recorro ao nosso poeta Drummond, para que me defenda, pois este afirmava que um poema só é do poeta antes de ele o publicar, depois que isso ocorre, é de todos. E peço que me perdoe se fui leviana em usar teu verso com fins egoísticos. Pois como não tenho talento como tu, me apropriei de tua obra para expressar algo que não conseguia dizer com minhas reles palavras.
http://www.memoriaviva.com.br/drummond/poema02... (aqui encontramos o poema “Procura da Poesia” recitado pelo próprio Drummond).
www.recantodasletras.com.br/autores/leilson e http://pt.netlog.com/leilsonleao/blog/blogid=22...- (Nesses dois links encontramos disponível “O poema e o Poeta Vazio” do poeta Leilson Leão)
Muitos se dizem poetas mas andam com dicionário debaixo do braço, passam um dia ou mais pesquisando palavras para depois "montar" uma poesia, isso é poesia? No conceito de poesia existe algo que se chama espontaneidade, isso para a maioria é poesia, no resto é TEXTO trabalhado para impressionar leigos!
ResponderExcluirAntônio Carlos Serra Salvador BA
Em alguns aspectos eu concordo com voce Antonio. Por outro lado, os simbolístas eram mestres nessa busca de palavras escolhidas a dedo para que houvesse uma conjugação quase milimétrica com as rimas. De todo modo, toda poesia é um texto trabalhado. Eu acredito até mais que a prosa. Também concordo com voce no aspecto de "belas" palavras justapostas para causar um suposto efeito erudito, no entanto, dou-me o direito de não julgar como crítica e apenas escolher os versos que mais fazem sentido para mim. Quanto a leigos, gosto de ser. Mas gosto principalmente de ser amadora da arte que me toca e não apenas da arte que a maioria julga ser arte.
ExcluirEsqueci de falar dos rigores dos parnasianos.
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