Ontem li num post de M J S Barroso um texto de Arnaldo Jabor em que ele fala sobre os relacionamentos. Concordo com ele plenamente. Quem quiser ler o texto na íntegra pode acessar o link http://pensador.uol.com.br/comeco_de_namoro/. Neste outro link http://pensador.uol.com.br/autor/arnaldo_jabor... . Tem coisas ótimas do Jabor, mas não está bem organizado.
Ele começa dizendo que "Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. ". Vinícius de Morais ratifica afirmando num soneto "que seja eterno enquanto dure". Raul Seixas endossa dizendo "hoje eu sei que ninguém nesse mundo É feliz tendo amado uma vez...". Ora vivemos encharcados de esteriótipos e conceitos utópicos que não condiz com nossa realidade. Nos deixamos levar pelo que os outros dizem ser verdade, nunca buscamos a nossa “verdade” que pode ser agora e que pode não durar por toda a nossa vida. Nos colocamos sempre como refém do que se diz ou que a sociedade tenha ditado como regra.
Amo um poema intitulado “AMAR” de Florbela Espanca que não põe limites a seu amor, que se doa, que se entrega ao que eu poderia chamar de amor essencial e não particular, mas que dá margem a uma querela entre o que seja universal e particular, pois quando ela diz “E não amar ninguém” já fico esvaziada, pois o amor a dois é completamente singular. Mas diante de minha realidade, como negar que “quem disser que se pode amar alguém / durante a vida inteira é porque mente!”.
Eis o poema na íntegra:
“Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!
Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...”
(In: Obras Completas de Florbela Espanca, vol II, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 3ª ed. 1987)
Amo um poema intitulado “AMAR” de Florbela Espanca que não põe limites a seu amor, que se doa, que se entrega ao que eu poderia chamar de amor essencial e não particular, mas que dá margem a uma querela entre o que seja universal e particular, pois quando ela diz “E não amar ninguém” já fico esvaziada, pois o amor a dois é completamente singular. Mas diante de minha realidade, como negar que “quem disser que se pode amar alguém / durante a vida inteira é porque mente!”.
Eis o poema na íntegra:
“Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar!Amar!E não amar ninguém!
Recordar?Esquecer?Indiferente!...
Prender ou desprender?É mal?É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...”
(In: Obras Completas de Florbela Espanca, vol II, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 3ª ed. 1987)
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