Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

domingo, 29 de julho de 2012

Com amor... Da idade da razão

Com amor ... Da idade da razão
Belíssimo filme. Tão leve como devem ser as coisas profundas e importantes em nossas vidas. Um mergulho em busca de nós mesmos para que venhamos a ser o que somos, já que a realidade embota a visão da alma e nos impede de nos encontrarmos.

"Venha a ser o que tu és" eis a sentença do poeta grego Píndaro (520 a.C.). Uma frase super complexa de ser interpretada, mas que tem em sua condensação imperativa uma essência prá lá de filosófica que nos incita a voltar ao nosso caldo originário e rever determinadas posições atuais que tomamos como verdade absoluta e que talvez não sejam tão absolutas assim. 
Píndaro (520 a.C.)
Para fechar com chave de ouro, lança-se mão de uma máxima do meu belíssimo Dândi, Oscar Wilde:

"É importante ter sonhos grandes o suficiente 
para não perde-los de vista quando os perseguimos". 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O que Mesmo Hugo Cabret Inventou?

Não foi o autômato, não foi o relógio e nem o cinema.

Então o que danado ele inventou? Comecei a assistir o filme ontem, mas estava com sono e acabei deixando para assistir hoje pela manhã. Depois que assisiti, quis escrever sobre ele, fiquei o resto da manhã pensando o que iria escrever. E a questão da invenção de Hugo matelava minha cabeça. De tanto queimar a mufa e dar corda com manivela nos dois neurônios que tenho, formulei uma hipótese:

HUGO INVENTOU A SI MESMO.

Apesar de não ser especialista em figuras de linguagem nem em linguística, contudo, ouso arriscar que Hugo é a Metalinguagem de si mesmo e da Metáfora criada pelo autor do livro "A invenção de Hugo Cabret" de Brian Selznick.

Num determinado ponto do filme ele diz que somos parte de uma máquina que não tem peças sobressalentes, portanto, se não somos uma peça sobressalente, temos uma finalidade específica no mundo. Veja que Hugo se pensa como engrenagem de uma grande máquina e, como engrenagem ele age consciente de que não é o todo, mas parte de um mecanismo que precisa funcionar.

Hugo gosta de consertar coisas que pararam de funcionar, que já não exercem bem suas funções. Desse modo, quando ele encontra Ben Kingsley - Georges Méliès que é um dos precursores da Sétima Arte e dos efeitos especiais, ele tenta consertá-lo. 
Georges Méliès (1861-1938)
Ele encontra-se morto porque ninguém mais se lembra dele, pois com a guerra, a ilusão do cinema frente a realidade vista pelos soldados e por todos que foram afetados por ela, deixa de ser empolgante. 

No entanto, parece que a realidade atualmente é tão dura e incompreensível que tudo é mais interessante e anestesiante que ela. São tantos meios que anestesiam, que alguns indivíduos navegam na alienação profunda desde o adulto até as crianças.

Algumas pessoas reclamaram que o tempo do filme é muito longo para as crianças. Ah! a grande questão do tempo e realidade para as crianças. Ao que parece até mesmo nós adultos concordamos com a ideia de que criança não é capaz de permanecer muito tempo diante de algo que julgamos interessante. Mas se isso é verdade, por que será que as crianças ficam horas e horas diante do computador ou jogos? Elas as vezes permanecem, o equivalente a uma jornada de trabalho adulto (8 ou mais horas), hipnotizados por uma tela..
 O que faremos com as Alienações de nossas crianças? De nossos jovens e de nós mesmos?

Sei que essa crítica fugiu completamente ao que eu intentava dizer, mas, paciência! Assim que eu puder assistir outra vez o filme comento mais.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Contingência


 Caramba! 

Como podemos nos conceber partículas de poeira universal e ainda assim construirmos coisas grandiosas (não é o meu caso claro), penso em homens que sem nenhum instrumento para lhes auxiliar na exploração astronômica, foram capazes de mapear e medir os astros até nosso conhecimento atual, por pura especulação racional e posteriores cálculos (sem calculadora, diga-se de passagem). Isso me impressiona sobremaneira. Para mim é espantoso, simplesmente espantoso.


Deu o título desse blog de "O Mundo Mental de Maria", mas esse mundo é uma grande incógnita, pois, você como indivíduo ja é um mundo, dentro de cada um de nós tem mundos diversos [psíquico, químico, biológico, espiritual, etc], vivemos dentro de um mundo físico [Terra] que situa-se dentro de uma Vialáctea que se situa dentro do Universo. Portanto, há um regresso ao infinito se levarmos a questão às ultimas consequências não é mesmo?

Levando isso tudo em conta e fazendo uma comparação no âmbito do indivíduo, vejo que quanto mais olho para trás, mais percebo o quanto era improvável estar no ponto em que me encontro hoje. Um ponto geográfico, um ponto físico, um ponto psíquico e finalmente um ponto emocional amadurecido. E não estou falando de um amadurecimento como ápice de sabedoria, mas como consciência de vida latente se manifestando no que comumente chamamos de "Real". Uma práxis existencial que tem uma teleologia aristotélica (pujante em potência), em que o erro que se desvela como erro para o indivíduo é tão conscientemente prazeroso e sábio quanto o acerto raciocinado. Porque ter consciência do erro é saber que não se errará novamente, a não ser que se queira ou que seja irresistivelmente difícil de ser evitado.

A consciência é uma teia interligada a tudo que nos rodeia e que percebemos consciente ou inconscientemente pelos nossos 5 sentidos e tantos outros internos que racionalmente, para nós, são desconhecidos. Ramificações infinitas que dependerão unicamente de nosso caminhar. 

 
 ÓHHHHH VIDA! 
QUANTOS MISTÉRIOS 
A SEREM DESVENDADOS


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Flor da Noite

Como não se embriagar de ternura, como não se derreter de amor e ir dormir plena e agasalhada pelo universo ao ouvir essa música na voz da extraordinária intérprete Nana Caymi cantando "Flor da Noite" de Celso Fonseca.

IMPOSSÍVEL!!!!!!!!!!!!


Flor Da Noite

Celso Fonseca

Dorme, tudo dorme
Sobre o mundo cai o véu
Veste o infinito
Véu da noite, cai do céu
 

Se outro alguém te lembrar de nós dois
Não diz prá esse alguém
O que passou e ficou prá depois
Seja o que for além
De mim
Ninguém
Assim


Sonha, tudo sonha
O universo vai ao léu
Verso do meu sonho
Flor da noite, carrossel