Não esperem coerência e coesão em meus textos. As ideias aqui expressadas por mim, se dispõem de modo prolixo, com sentido e articulação que só eu percebo ninguém mais. contudo, não descarto a possibilidade de que, eventualmente, alguns de vocês possam concordar ou discordar delas. Afirmo, portanto, que este blog é uma tentativa minha de organizar e saber a quantas andam meu confuso pesamento, muitas vezes irônico e tantas outras cáustico.

sábado, 30 de maio de 2009

Justica em Hildegard

Quando a pessoa entende a justiça,
abandona o individualismo.
Os justos saboreiam e bebem a virtude.
Isso os fortalece, como se
fossem viciados em vinho,
contudo, ao contrário dos ébrios,
jamais ficam fora de si,
jamais perdem o controle
ou não sabem o que fazem.
Os justos amam a Deus,
de quem não pode haver tédio,
mas sim apenas êxtase completo,
constante”.


(Monja alemã Hildegard von Bingen)

Humores da alma

“Quando nossos pensamentos
não são nem frívolos,
nem irreverentes,
quando nossos pensamentos
não são nem teimosos,
nem estúpidos,
mas, ao contrário,
são harmoniosos –
costumam
trazer
tranqüilidade e profundo discernimento”.

Humores da alma -

“curar o doente e não a doença”.

Deus o Divino

DEUS: O Divino

“Eu sou aquele a quem o louvor
ecoa nas alturas.
Enfeito toda a terra.
Sou a brisa
que pinta todas as coisas
de verde.
Animo as árvores floridas
a darem frutos perfeitos.
O espírito leva-me a alimentar
os mais puros regatos.
Sou a chuva
oriunda do orvalho
que faz a relva rir
com a alegria de viver.
Provoco lágrimas,
o odor do trabalho sagrado.
Eu sou o desejo ardente pelo bem”.

(Hildegar von Bingen)

O Cosmos

O COSMO: a manifestação divina

“A terra é,
ao mesmo tempo,
mãe,
é mãe de tudo que é natural,
mãe de tudo que é humano.
É a mãe de tudo,
pois contidas nela
estão as sementes de tudo.
A terra da humanidade
contém toda umidade,
todo viço,
todo poder germinador.
A terra é produtiva,
de muitas maneiras.
Toda criação vem dela.
Contudo, ela forma não apenas
a matéria-prima básica para a
humanidade,
mas também a substância
da encarnação
do filho de Deus”.

Meditando com Hildegard von Bingen

Enxergo nesse fragmento uma advertência quanto a doença "ditadura da beleza".

“Nas pessoas
destinadas a rejuvenescer,
já não há mais vida de espécie alguma.
Há apenas uma aridez encarquilhada.
Os ventos estão sobrecarregados
do fedor insuportável de atitudes egoístas.
sofrem a ameaça de tempestades.
O ar expele
a imundície das pessoas.
Uma escuridão repugnante e antinatural
faz murchar as folhas
e seca os frutos
que serviriam de alimento.
Ás vezes, a camada de ar
está completamente tomada
por uma névoa que dá origem
a muitas criaturas perniciosas e estéreis
que destroem e prejudicam a terra,
deixando-a incapaz de sustentar a humanidade”.

Excertos de Tolkien

"Tudo o que temos de decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado."

(livro: O Senhor dos Anéis - livro I: A Sociedade do Anel, p. 53)

Excertos de Tolkien

" - Merece! Ouso dizer que sim. Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes a vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém à morte. pois mesmo os muito sábios não conseguem ver os dois lados."

(Livro I: A Sociedade do Anel, p.61)

Excertos de Rowling

"Acho que ele não compreende por quê, Harry, ele teve tanta pressa de mutilar a própria alma, que nem sequer parou para compreender o poder incomparável de uma alma imaculada e inteira."

(Harry Potter e o Enigma do Príncipe, p.401)

Violência contra as crianças

Quem pode atirar a primeira pedra?

O texto que segue é do jornalista Alexandre Garcia e mostra muito bem as nossas falhas como adultos. Será que as crianças tomarão para si a responsabilidade de se defenderem porque somos incompetentes e relapsos com nossas obrigações. Há pessoas que dizem que contos de fadas são bobagens, entretanto, em muitos deles as crianças agem como se fossem adultas e conscientes de seus deveres e responsabilidades. É uma boa escola já que não somos capazes de protegê-la e muito menos educá-las.

23/04/2008 - Alexandre Garcia: Somente pela educação é que poderemos acabar com o mal que mata as nossas crianças.

Que país é esse?

A violência contra crianças está em todas as partes do Brasil, dentro das casas, onde não chega a proteção essencial do Estado. Os números assustam.

Estamos tratando de violência contra seres indefesos, por parte de adultos que deveriam protegê-los. Talvez praticada por quem já foi contaminado por uma cultura de resolver pela força e violência, e não pela razão e o direito.

O que mais impressiona, por números do ministério da Saúde, é que a casa seja o mais freqüente lugar de violência contra a criança. E não são apenas as vítimas de assassinatos, muitas vezes antecedidos de violência sexual, mas também aquelas crianças que são mortas logo ao nascer, porque indesejadas; as que morrem de subnutrição; as que morrem porque não têm assistência médica; as que morrem porque os adultos não preveniram a dengue; as que morrem porque os pais deixaram o veneno à mão, ou a panela fervente ao alcance; ou a água que afoga; ou foram deixadas no banco de trás do automóvel sem cinto, com os pais protegidos à frente.

Que país é este, que trata assim suas crianças? E vem a lembrança da denúncia de Castro Alves, no seu Navio Negreiro: "existe um povo que a bandeira empresta/ pra cobrir tanta infâmia e covardia".

O poeta pergunta: "mas que bandeira é esta?" E descobre que é o nosso auriverde pendão. E lamenta: "antes te tivessem roto na batalha/ que servires a um povo de mortalha". Como resgatar a bandeira da mortalha?

Prioridade absoluta na educação, em casa e na escola. Adultos mal-formados e mal-informados não conseguem formar as gerações seguintes e o mal se amplia, porque não são apenas o ódio, a raiva e a maldade que matam, mas também o amor que não funciona se não cuida, se não protege, se não educa.

Assim é o meu Machado de Assis

Essa foi a primeira impressão que tive de Machado de Assis.



Assim é o meu Machado de Assis

Assim como a maioria dos escritores iniciantes, Machado de Assis também iniciou sua carreira dando os primeiros passos de modo incerto. Tentando atrair para si a atenção do público, e para isso, tinha que seguir um certo modismo da época. Mas, diferentemente, de muitos escritores — que fizeram a mesma coisa e acabaram se diluindo no meio literário sem ser sequer notado —, Machado deixou sua marca. Mesmo que tênue no inicio, mais deixou.

A evolução de sua obra, mostra que ele em momento algum, tornou-se um escritor enfadonho e previsível. Toda sua produção literária, foi ao longo do tempo, sendo aprimorada e com isso, surpreendendo a todos cada vez mais.

Esse brilhante escritor, era e ainda é, o “Deus” de sua literatura. Digo isso, porque vejo que todas as suas personagens eram controladas por sua onisciência e onipresença. Tal fato se justifica pela polêmica que até hoje se instaura quando se fala de Capitu. Percebo estupefata, que ele dentro dessa característica “divina”, criava e manipulava não apenas suas personagens, mas, também o leitor, que é a meu ver, o principal protagonista. Comparo Machado ainda, a um magnífico general estrategista. Ele elaborou estratégias mirabolantes para desafiar o leitor, para prender a sua atenção e vencê-lo de forma nunca antes imaginada, o que inevitavelmente, não poderia deixar de ser, levando-se em conta o exímio jogador de xadrez que fora.

Deus criou o mundo de Machado, mas, Machado achou que devia seguir os passos do pai celestial. assim, criou a partir do macro-mundo seu próprio micro-mundo, onde foi e é senhor absoluto. Não sei se ele pensou ou não que sua obra — como tudo existente no mundo de Deus — pudesse está sujeita ao livre-arbítrio do ser humano. Daí tantas e tantas teses resultam de sua produção ate hoje, sem uma conclusão aceita unânimimente, mas, como dizia Nelson Rodrigues “a unanimidade é burra”, louvo o pensamento de Nelson e as criatura de Deus, pela falta de unanimidade. Porque desta forma posso eu, hoje, esta expressando a minha insignificante opinião de leitora manipulada, com toda honra, graças à Machado.

Presente da Teresinha

Presente de Aniversário de Teresinha.

Lendo “O Senhor dos Anéis”, encontrei uma das cenas mais emocionantes que um ser humano poderia oferecer a uma amiga ou amigo.


De fato, cada um tem seu destino, no entanto, quando se é amigo de verdade, quando o outro não tem mais forças para se levantar, podemos estar ao lado e tentar ajudar da melhor forma.

“— Agora vamos! Agora, para o último arranque! — disse Sam, esforçando-se para se levantar. Inclinou-se sobre Frodo, despertando-o com delicadeza. Frodo resmungou, mas com um grande esforço de vontade levantou-se vacilante; em seguida caiu sobre os joelhos outra vez. Ergueu os olhos com dificuldade até as escuras encostas da Montanha da Perdição que assomava acima dele, e então penosamente começou a avançar arrastando-se com os pés e mãos.

Sam olhou para ele e chorou em seu íntimo, mas nenhuma lágrima chegou-lhes aos olhos secos e ardidos. — Eu disse que o carregaria, mesmo que arrebentasse as costas — murmurou ele -, e é isso que vou fazer!

— Venha, Sr. Frodo! — gritou ele. —Não posso carregar essa coisa em seu lugar, mas posso carregá-lo junto com ela. Então vamos subir! Venha, Sr. Frodo, meu querido! Sam vai lhe dar uma carona. É só dizer onde ir, e ele irá.”

(O Retorno do Rei,, Vol. Único, cap. A Montanha da Perdição, pág.996)